sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ainda tenho vergonha na cara de aparecer... + Homenagem

Sim, faz tempo desde a última postagem. Desculpem-me. Mas, trago algumas novidades =)


  Primeiro de tudo, eu gostaria de fazer uma homenagem à minha cachorra, Pitú, que faleceu dia 19. Foi muito triste e embora dez dias já tenham se passado, ainda dá a maior vontade de chorar lembrando dela =/
  Ela faria quinze anos em janeiro, mas uns quatro anos atrás, ela desenvolveu um câncer de mama. O veterinário achou melhor nem mexer, porque ela já tava velhinha e tudo mais e poderia ser pior pra ela. Disse pra esperar e ver quanto tempo ela aguentava. Pois é, aguentou quatro anos sem reclamar de dor... Mas na sexta-feira (16), ela começou a sentir MUITA dor. Mas muita dor mesmo, a gente achou que ela não aguentaria até o sábado. Aguentou. Ainda chorando e mal dormindo, não ficava sozinha nem por um segundo, ou começava a uivar. Ela sabia o que ia acontecer...
  Minha vó, que cuidava dela, ligou pro veterinário, aquele mesmo de quatro anos atrás. Antes de tudo, devo dizer: a Pitú era cachorra linda daquelas de filme. Educada, comportada, obediente, afetuosa, carinhosa, amorosa. Pois bem. Minha vó falou com o veterinário. Ele disse que minha vó poderia dar um carro pra ele que ele não iria sacrificar minha cachorra, ele não queria ser a pessoa que a matou. Lá vai minha vó atrás de veterinário pra sacrificar a cachorra... Porque, do jeito que ela tava, era desumano deixar continuar. Minha vó achou uma veterinária que iria busca-la  (a Pitú) em casa e já ficava no consultório, minha vó não precisaria ver...
  Fiquei sentada umas duas horas com ela na manhã da segunda-feira, esperando o homem chegar. Ali, me despedi. Agradeci pelos quinze anos de alegria que ela tinha dado pra gente e pedi desculpas por ela ter sofrido nos últimos dias. Falei que a gente ia se ver de novo um dia. E chorei, chorei muito, como tô chorando agora.
  A Pitú tinha olhar de gente. Profundo, fala mesmo com aquelas bolinhas de gude. Brilhantes. Desde sexta-feira, ela não olhou ninguém nos olhos. Talvez por saber que aquilo seria doloroso demais pra gente, ou pra ela. Seria a despedida.
  Onze horas o homem chegou para buscá-la. Ninguém teve coragem de dá-la na mão dele, sobrou pra mim... Dei, ele a colocou no carro. Até então, eu já tinha parado de chorar. Quando ela deitou no banco de trás, ela olhou pela janela. Bem nos meus olhos. Era um olhar tão triste, tão vazio, tão cheio de dor... E cheio de despedida. Naquela hora, só consegui dar o dinheiro pro moço e abraçar meu tio, eu e ele chorando. Aquele olhar cortou meu peito, me rasgou por dentro.

  Ela foi a melhor companheira que um dia eu posso ter tido, minha melhor amiga e eu sei que ela entende que a dor dela era a nossa dor e que nós não queríamos que ela sofresse tanto, porque ela, justo ela, não merecia. O espaço que ela deixou não vai poder ser completado e essa saudade deixou um buraco enorme no peito de cada um da minha família e de vários amigos meus. Qualquer um que a conhecia a amava de cara. E eu a amo demais.

  Vai com Deus, meu amor.

3 comentários:

  1. Meus pêsames amiga... sei o quanto um bichinho representa na nossa vida!
    Uma vez perdi meu gatinho siamês atropelado...

    Mas, força aí e se joga no blog q tá bombando...

    Se puder visite o meu!!!!

    http://julianaappelmakeseafins.blogspot.com

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Meninas, eu respondo os comentários por aqui mesmo, tá? Muitíssimo obrigada pelo apoio ^____^